O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, decide nesta terça-feira, 09, sobre o pedido do ex-presidente Lula que pode adiar o interrogatório marcado para amanhã (quarta, 10).

Como o processo é eletrônico, o juiz Nivaldo Brunonni pode despachar a qualquer momento, assim que analisar o habeas corpus. Segundo os advogados de Lula, a defesa precisa de pelo menos três meses para analisar as cerca de 100 mil páginas de documentos anexadas pela Petrobras no processo que investiga o Caso Triplex. Os advogados do petista pedem a suspensão dos prazos e, consequentemente, o adiamento do interrogatório de Lula.

O principal argumento da defesa é de que estas provas foram solicitadas pela primeira vez em outubro do ano passado – mas só foram anexadas ao processo entre os dias 28 de abril e dois de maio. Os advogados afirmam que é impossível analisar todas as provas até amanhã (quarta, 10). Cabe ao TRF4 – segunda instância do Poder Judiciário – decidir sobre o pedido de Luiz Inácio Lula da Silva.

Para sustentar o pedido, a defesa ainda argumenta que o juiz Sérgio Moro negou o pedido de prazo adicional da defesa, contrariando uma decisão anterior. A própria Petrobras foi quem assumiu o compromisso de disponibilizar todos os documentos solicitados pelo petista. Por entender que se trata de uma “disparidade de armas”, e que a manutenção dos prazos traz prejuízos para a defesa, os advogados pedem a suspensão do processo e um “prazo razoável” para análise dos documentos.