Vacina contra a Covid-19 da UFPR pode ser produzida de maneira 100% nacional

 Vacina contra a Covid-19 da UFPR pode ser produzida de maneira 100% nacional

Foto: Marcos Solivan/UFPR

A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) pode ser produzida totalmente no Brasil. O estudo do imunizante está na fase pré-clínica e, caso passe em todos os testes, a vacina não precisará de insumos importados. A Coronavac, por exemplo, depende do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), que é importado, o que dificulta a produção local.

O grupo de pesquisadores trabalha com uma técnica nova na vacina, o POLI-HIDROXI-BUTIRATO (PHB), um componente produzido por bactérias, recoberto por partes da proteína Spike, a “cola” que liga o vírus às células humanas. O professor do Departamento de Bioquímica da UFPR, Emanuel Maltempi, acredita que a técnica pode ser usada, futuramente, para desenvolver outras vacinas.

O composto, o PHB com a proteína, é mais fácil de se obter e tem custo menor de fabricação. A UFPR estuda os usos do PHB faz mais de 30 anos e, segundo o pesquisador, os componentes são mais baratos.

Segundo o professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFPR, Marcelo Müller dos Santos, o uso de nanopartículas oferece também mais conforto para os pacientes.

No momento, a vacina da UFPR está na última etapa antes da fase clínica, em que os testes são feitos em humanos. Por enquanto, os camundongos receberam doses do imunizante e produziram uma quantidade de anticorpos superior ao induzido pela vacina de Oxford. Para testar em humanos falta o chamado ensaio de neutralização, que confirma se os anticorpos realmente neutralizam a entrada do vírus no organismo.

No entanto, o laboratório da UFPR é considerado nível 2 de biossegurança e a manipulação do coronavírus só pode ser feita em unidades de nível 3. Assim, a Universidade pode buscar um laboratório parceiro ou usar um pseudovírus, uma versão do vírus que seja incapaz de se replicar. Os pesquisadores buscam agora parceiros para dar continuidade ao trabalho.

Reportagem: Larissa Biscaia

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