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Mirian Gasparin

Aumento dos combustíveis e das tarifas do transporte público contribuem para o aumento das vendas

 Venda de motocicletas seminovas e usadas cresce em Curitiba

Foto: Reprodução

O setor de motocicletas continua aquecido, com destaque para os modelos seminovos. Além da demanda crescente pelos serviços de entrega, o que também tem contribuído para o aumento das vendas são os constantes reajustes dos preços dos combustíveis, que em muitos casos inviabilizam o uso do automóvel, e o aumento na tarifa do transporte coletivo.

Eu conversei com o diretor de Operações da Blokton, que é a maior rede de concessionárias de motocicletas Honda, com 20 lojas no Paraná, o empresário Rudney Doscher, e ele me informou que só no primeiro quadrimestre do ano, as vendas cresceram mais de 25% em relação a igual período de 2021. O maior volume de negócios ocorreu em abril, com alta de 37%.

Eu perguntei ao empresário sobre qual é o perfil dos compradores de motocicletas, e ele me contou que 69% são homens e 31% mulheres, sendo que a maioria dos compradores tem optado por modelos de média e baixa cilindradas. Em relação ao tempo de uso, mais de 50% das vendas fechadas foram para motocicletas com 3 a 10 anos de uso; 36% com até dois anos e apenas 12% dos compradores curitibanos optaram por motocicletas com mais de 10 anos de uso.

Eu também perguntei ao diretor da Blokton se o frio de Curitiba pode influenciar negativamente nas vendas e ele admite que há uma pequena queda, principalmente em dias de chuva. Frio e chuva não combinam muito com as vendas de motocicletas. Mas, de acordo com o empresário, isso era mais forte no passado. Hoje, como muitas negociações são feitas por canais digitais, com os produtos oferecidos em diferentes plataformas, o problema acaba minimizado.

No caso das motocicletas, os preços sobem conforme o reajuste dos insumos usados na sua fabricação. Também outros fatores impactam diretamente na cadeia industrial como o fornecimento, produção e distribuição, aumento do frete e dos combustíveis. Subindo a matéria-prima no início da cadeia, o preço do veículo é reajustado na outra ponta, ou seja, no preço final. Ou seja, não tem jeito, é um processo normal de aumento, com efeito cascata. Por fim, dados da Federação Nacional das Associações de Revendedores de Veículos Automotores apontam que no Paraná, o volume de transferências de propriedade de motocicletas seminovas e usadas foi de 58.500 entre janeiro e abril. Só no mês passado, 14.500 unidades foram comercializadas no Estado.



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