Os Agentes Penitenciários do Paraná devem entrar em greve a partir de sábado (23), por tempo indeterminado. A paralisação dos servidores das universidades estaduais continua e os servidores da saúde seguem em estado de greve.

A decisão dos agentes penitenciários aconteceu nesta terça-feira (19), durante assembleia geral da categoria, em Guarapuava, na região central do estado. Segundo a presidente do Sindarspen, Petruska Sviercoski, além da luta geral do funcionalismo contra o reajuste salarial de 5% anunciado pelo governo do estado, a categoria pede mais segurança.

Durante a paralisação devem ser mantidos os serviços de distribuição de alimentação, atendimentos a emergências médicas e cumprimento de ordens judiciais. Não vão acontecer atividades como escola, trabalho, pátio de sol, visitas de familiares aos presos e entrega de sacolas. A Secretaria de Segurança Pública foi procurada, mas por enquanto não deve se pronunciar sobre a paralisação. O órgão informou que para melhorar a segurança dos agentes no início do ano foram entregues radiocomunicadores para uso interno nas penitenciárias, mais coletes balísticos, foi regulamentado o porte de arma e realizada a manutenção de portões internos das unidades.

Outra categoria que segue em estado de greve é a dos servidores estaduais da saúde. Uma assembleia da categoria foi realizada nesta terça-feira (19) para planejar os próximos passos da luta pelo cumprimento da data base. Os servidores decidiram pela criação de uma carta à população repudiando as medidas do governo e que deve ser colocada nos locais de trabalho, ônibus e lugares de grande visibilidade. Outra carta deve ser escrita e entregue na casa dos deputados estaduais em todas as regiões. Além dos documentos, os servidores planejam protestos regionais contra a situação atual do Estado.

Na última segunda-feira (18) os servidores técnico-administrativos da Universidade Estadual de Londrina e do Hospital Universitário da cidade decidiram continuar a greve, que começou no dia primeiro de maio. O pedido da categoria é o mesmo do funcionalismo em geral, a reposição integral da inflação. Além dos servidores da UEL, os funcionários das outras seis universidades estaduais do Paraná também estão em greve, pelo mesmo motivo. A expectativa do comando da greve é de que as assembleias nas demais instituições sejam feitas até o início da próxima semana.