Defesa do ex-presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, informa ao juiz Sérgio Moro que irá apelar contra a sentença
A defesa do ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, informou ao juiz Sérgio Moro que irá apelar contra a sentença que condenou o réu a 11 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele foi acusado de receber R$ 3 milhões em propinas da Odebrecht para favorecer a empreiteira em contratos com a Petrobras.
Bendine está preso desde julho do ano passado. Ele foi detido durante a deflagração da 42ª fase da Lava Jato, batizada de Cobra. Este seria o codinome de Bendine nas planilhas de pagamento de propina da Odebrecht.
Na sentença, Moro determinou que o regime seja inicialmente fechado e a progressão fica condicionada à devolução do produto do crime. Na apelação, a defesa de Bendine deverá apresentar os argumentos para que a sentença seja reformulada. Segundo a acusação, enquanto era presidente do Banco do Brasil, Bendine teria exigido R$ 17 milhões em vantagens indevidas da empreiteira.
No entanto, ele acabou recebendo R$ 3 milhões em três parcelas de R$ 1 milhão em espécie, no período em que estava à frente da Petrobras. Ele inclusive foi nomeado pela ex-presidente Dilma Roussef justamente com a função de estancar a corrupção na estatal.