Deputado Praczyk e assessor da Alep têm bens bloqueados pela Justiça

Foto: reprodução/Partido PRB
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Mais de 308 mil reais foram bloqueados via liminar pela Justiça nas contas bancárias do deputado estadual Pastor Edson Praczyk, do PRB, e do assessor legislativo Luiz Alberto de Lima. A decisão é cautelar para garantir dinheiro suficiente para ressarcir os cofres públicos em caso de condenação. O deputado e o funcionário da Assembleia Legislativa respondem a uma ação civil por improbidade administrativa proposta em maio pelo Ministério Público do Paraná. A denúncia é de que eles desviaram verbas públicas por meio da contratação de uma funcionária fantasma. A servidora em questão seria a dona de casa Rosimeire de Amorim. Segundo a promotora Danielle Gonçalves Thomé, o cálculo do valor do bloqueio foi feito com base no salário bruto atualizado da pessoa contratada e mais multa.

A denúncia contra o deputado e o assessor foi feita a partir de um inquérito conduzido pela Polícia Federal. Conforme a investigação do Ministério Público, a contratação da dona de casa foi feita por meio de Luiz Alberto de Lima, que na época era chefe de gabinete do parlamentar. Em depoimento, Rosimeire informou que era conhecida de Luiz e que, após uma noite de orações, teria sido convencida por ele a entregar os documentos pessoais. A justificativa para isso era de que, em troca, ela receberia uma série de bênçãos, segundo o promotor de Justiça Fabio Guaragni.

Na primeira passagem falsa pelo gabinete do parlamentar, em outubro de 2001, Rosimeire foi nomeada para receber 11 salários de R$ 1.200, em valores da época. Em outubro de 2002, ela foi exonerada, segundo o gabinete, a pedido próprio. Já na segunda nomeação, em maio de 2004, os vencimentos passaram para R$ 2.800. O novo desligamento da dona de casa ocorreu cinco meses depois, também sob a justificativa de que seria a pedido da servidora. Na última contratação, em fevereiro de 2005, a funcionária fantasma teria recebido vencimentos que passaram dos R$ 2.800. Mas, segundo o promotor, ela nega qualquer tipo de vínculo com a Assembleia Legislativa e afirma que não trabalha de forma remunerada há mais de 20 anos. Procurada pela reportagem da BandNews, a advogada Lígia Franco Britto de Lara, que representa o deputado Edson Praczyk, disse que ainda não teve acesso à decisão, já que o processo corre em segredo de Justiça.

Praczyk também é suspeito de ter mantido outros funcionários fantasmas durante o primeiro mandato dele, entre 2001 e 2003, e de ficar com os salários dessas pessoas. Entre os supostos servidores comissionados estariam esposas de outros pastores da Igreja Universal do Reino de Deus. Se o deputado for condenado, o juiz pode fixar a perda de direitos políticos pela questão da improbidade administrativa.

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