O ano passado foi o mais trágico no Paraná e com mais vítimas de desastres climáticos dos últimos 35 anos. A Defesa Civil bateu recorde de atendimentos, com 622 ocorrências entre chuvas de granizo, vendavais e três tornados. Foi a maior marca desde 1980. Os desastres afetaram mais de 400 mil pessoas, e provocaram estragos em mais de 50 mil residências, principalmente nas cidades de Francisco Beltrão e Marechal Cândido Rondon.

Nestas cidades, os tornados passaram com ventos de 115 a 125 quilômetros por hora de acordo com o capitão Eduardo Pinheiro, da Defesa Civil do Paraná.

O tempo ruim foi uma constante em 2015, e mesmo nos últimos dias a chuva veio forte em todo o Paraná com enxurradas e vendavais. O tenente Marcos Vidal, também da Defesa Civil, destaca que dezembro teve uma grande quantidade de ocorrências.

A cada ocorrência, a cada novo desastre ambiental, as equipes da Defesa Civil vão à campo distribuir lonas para cobrir telhados e abrigar quem não tem para onde ir. Nas cidades com as situações mais complicadas, um documento é elaborado com todos os estragos registrados, e então encaminhado ao Governo Federal.

Só nos últimos dois meses, o Ministério da Integração Nacional publicou cinco portarias com decretos de emergência para as cidades paranaenses atingidas por desastres ambientais.

Os prejuízos provocados pelos desastres naturais somaram R$ 487 milhões, e 66 municípios decretaram situação de emergência ou calamidade pública.