Em depoimento à PF, Barusco diz que pagamento de propina na Petrobras era "instituído e quase endêmico"

Foto: reprodução / Band
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O ex-gerente de serviços da Petrobras, Pedro Barusco, afirmou que as negociações para pagamentos de propina começaram já no início do governo do Partido dos Trabalhadores. Em depoimento na Justiça Federal do Paraná nesta terça-feira, Barusco disse que era uma situação endêmica. Esta foi a primeira vez que o ex-gerente da estatal prestou depoimento ao juízo da 13ª Vara Federal. Ele não foi preso na operação Lava Jato e procurou o MPF para assinar termo de colaboração premiada em 04 de novembro de 2014. Barusco confessou que coordenava o recebimento de propina na área em que atuava dentro da Petrobras e disse que Renato Duque participava somente da prestação de contas.

O ex-diretor foi indicado como testemunha de acusação junto com o empresário Júlio Camargo em um dos processos movidos contra o ex-diretor de servidos da Petrobras, Renato Duque, o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto e o executivo do grupo Setal Augusto Mendonça Neto. De acordo com Pedro Barusco, os repasses começaram a ser feitos a partir de 2004. Ele ainda detalhou que os pagamentos feitos pelas empreiteiras serviam para que elas mantivessem o tratamento especial dentro da Petrobras.

O empresário Júlio Camargo, que também é um dos delatores da operação Lava Jato, disse em depoimento à Justiça Federal do Paraná que nunca foi ameaçado ou chantageado para fazer pagamento de propina no esquema de corrupção da Petrobras. Segundo ele, todas as negociações eram feitas de maneira amistosa. O delator afirmou ainda que o tesoureiro afastado do PT o procurou por diversas vezes solicitando doações para o partido. Para ele, manter a imagem positiva diante do partido dos trabalhadores fazia parte de um lobby.

O empresário Júlio Camargo que atuava como representante da construtora Toyo Setal já falou à Justiça em outras ações penais e relatou entre outras coisas como funcionava o chamado clube de empreiteiras, que combinava preços para participar de licitações com a Petrobras.

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