O empresário Mariano Marcondes Ferraz será interrogado pelo juiz Sérgio Moro nesta segunda-feira (16) na sede da Justiça Federal em Curitiba. Ferraz foi preso em outubro de 2016 e foi solto no mês seguinte depois de pagar três milhões de reais de fiança. O executivo da Decal Brasil é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro por pagar cerca de 870 mil dólares em propina para obter a renovação do contrato firmado entre a empresa e a Petrobras.

A vantagem indevida foi paga entre os anos de 2011 e 2014 ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Em 2006, a estatal contratou a Decal do Brasil para a prestação de serviços de armazenagem e acostagem de navios no Porto de Suape, em Pernambuco. O prazo do acordo era de cinco anos.

Depois desta período, houve resistência por parte da Petrobras em renovar o contrato e para resolver a situação, Ferraz ajustou o pagamento de propina com Paulo Roberto Costa. Para ocultar a origem do dinheiro, os valores foram pagos por meio de três repasses em uma conta offshore no exterior.

Em 2011, foram pagos cerca de 440 mil dólares que correspondem a aproximadamente 50% da propina ajustada. O pagamento do restante foi efetuado entre agosto de 2012 e fevereiro de 2014, também por meio da lavagem de dinheiro.