O empresário Mariano Marcondes Ferraz, executivo da Decal Brasil, confirmou ao juiz Sérgio Moro o pagamento de cerca de 870 mil dólares em propina para manter um contrato da empresa com a Petrobras. Réu por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato, o empresário foi interrogado nesta segunda-feira (16) na Justiça Federal do Paraná. Marcondes Ferraz afirmou que a propina foi paga a pedido do ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. Para ocultar a origem do dinheiro, os valores foram repassados em uma conta offshore no exterior. Em 2006, a Petrobras contratou a Decal Brasil para a prestação de serviços por cinco anos. Após o fim do acordo, houve resistência por parte da estatal para renovar o contrato.

Pouco mais de 400 mil dólares foram pagos em 2011. A outra metade da propina foi repassada entre agosto de 2012 e fevereiro de 2014, mesmo depois que Paulo Roberto Costa já havia deixado a diretoria de abastecimento da Petrobras.

Marcondes Ferraz chegou a ser preso em outubro do ano passado. No entanto, o executivo da Decal Brasil acabou solto no mês seguinte, depois de pagar três milhões de reais em fiança.