O ex-ministro do Desenvolvimento e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse nesta sexta-feira, 23, em depoimento ao juiz Sérgio Moro que nunca presenciou qualquer ato que sugerisse que o ex-presidente Lula tenha exigido como contrapartida de uma política de governo um imóvel para o Instituto Lula.

Já o ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que não se recorda de ter participado de uma reunião no Palácio do Planalto, em 2011, em que estariam presentes o então ministro Antonio Palocci, a presidente Dilma Rousseff e o empresário Marcelo Odebrecht.

O ex-presidente do BNDES também falou do funcionamento do Conselho de Administração da Petrobras, do qual fez parte entre 2009 e 2016. A defesa de Lula quis saber de que forma se davam as decisões do órgão.

Tanto Luiz Fernando Furlan como Luciano Coutinho prestaram depoimento como testemunhas de defesa de Lula em ação penal que apura se o petista recebeu propina da empreiteira Odebrecht.  O ex-governador de São Paulo, Cláudio Lembo, também deveria ser ouvido hoje (sexta), mas ele não foi localizado.

A Justiça deu prazo de três dias para que os advogados de Lula indiquem um novo endereço para encaminhar a intimação. Agora, as audiências com testemunhas de defesa deste processo serão retomadas no dia 30 de junho. Nesta data estão previstos os depoimentos de sete pessoas, entre elas, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto e o ex-ministro da Secretaria de Direito Humanos e atual diretor do Instituto Lula, Paulo de tarso Vanucchi.