Filhote de baleia morre na praia de Pontal do Sul
Morreu no fim da tarde da última segunda-feira (29) o filhote macho de baleia-minke-anã que encalhou em uma praia de Pontal do Paraná, no litoral do Estado. O animal tinha praticamente três metros de comprimento e, desde que foi encontrado, era acompanhado por uma equipe do Laboratório de Ecologia do Centro de Estudos do Mar, ligado à Universidade Federal do Paraná. De acordo com os técnicos, o mamífero já chegou à areia ferido provavelmente por um tubarão e não foi possível reverter o quadro.
O filhote recebeu socorro veterinário assim que foi localizado, mas morreu apenas algumas horas depois. Ontem (terça, 30) de manhã, o corpo da baleia foi levado passou por uma necropsia que permitiu a coleta de material biológico para análises complementares sobre a causa oficial do encalhe e da morte. As informações também vão integrar a avaliação de saúde e de impactos em animais marinhos no Estado que, segundo o Centro de Estudos do Mar, vem sendo executada desde 2007.
A baleia-minke-anã é a menor espécie entre as baleias, pode passar dos 10 metros de comprimento e pesar até 10 toneladas. O animal tem coloração cinza-escura no dorso e branca no ventre e uma mancha branca na nadadeira peitoral.
Essa foi a segunda morte de baleia registrada no Paraná em menos de um mês. No dia 4, um macho jovem de baleia jubarte foi encontrado morto já em decomposição em Matinhos, também no litoral. O animal, nesse caso, tinha nove metros de comprimento, pesava cerca de duas toneladas, teria morrido antes de chegar à praia e foi enterrado na areia – o que seria parte de um protocolo para seguir o ciclo biológico desse tipo de ecossistema.
Em junho, outra baleia jubarte, novamente um filhote macho, foi encontrado morto no Balneário Atami, em Pontal do Paraná. O mamífero, de sete metros de comprimento, possivelmente morreu de fome depois de se enroscar em uma rede de pesca, o que impedia a alimentação.
Esses mamíferos ocorrem em todos os oceanos e migram sazonalmente entre regiões subtropicais e polares – o que é comum em toda a espécie.