A quinquagésima etapa da Lava Jato, batizada de Sothis II tem como principal foco a empresa de engenharia Meta Manutenção e Instalações Industriais Ltda, suspeita de pagar R$ 2 milhões e 300 mil em propina ao ex-gerente da Transpetro, José Antônio de Jesus. O ex-executivo cumpre prisão preventiva em Curitiba desde novembro do ano passado.

De acordo com o Ministério Público Federal, os repasses ilegais teriam ocorreram entre 2009 e 2011. Na nova etapa da Lava Jato a Polícia Federal cumpriu 3 mandados de busca e apreensão em Salvador, na Bahia, e nas cidades de Campinas e Paulinia, em São Paulo.

As ordens judiciais são cumpridas em endereços de pessoas relacionadas ao esquema. As investigações tiveram início com a colaboração premiada de executivos da NM Engenharia, que relataram o pagamento de propinas ao ex-gerente da Transpetro, derivadas de contratos celebrados com a estatal.

As provas encontradas pela Polícia Federal até o momento indicam ainda que, familiares de José Antônio de Jesus teriam sido favorecidos com o dinheiro e tentaram ocultar a origem ilícita dos valores. Com base nas informações que já haviam sido obtidas durante a 47ª fase, deflagrada em novembro do ano passado, foram realizadas diligências como a quebra do sigilo bancário, fiscal e telemático e de registros telefônicos que revelaram a existência de transações bancárias entre a Meta Manutenção e uma empresa vinculada ao ex-executivo da Transpetro.

As buscas e apreensões realizadas hoje (23) têm como objetivo levantar novas provas que possam auxiliar na conclusão das investigações. Ao contrário do que costuma acontecer, a Polícia Federal não irá realizar uma coletiva de imprensa para detalhar as ações da nova etapa.