Os sistemas de bilhetagem eletrônica das linhas metropolitanas integradas e também as de Curitiba vão passar por uma conferência de segurança do Ministério Público do Paraná. Isso porque – no caso da rede metropolitana – a Comec não teria conseguido esclarecer até agora como pretende garantir os direitos dos usuários e o funcionamento do sistema. Além disso, segundo o órgão, também há dúvidas sobre os custos dos equipamentos instalados nos ônibus. O mesmo questionamento envolvendo gastos foi feito sobre o sistema de Curitiba.

Os procedimentos foram tratados em um ofício da Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público, emitido em 6 de agosto. O documento, assinado pela promotora Cláudia Madalozo, cita a Transdata, que fornece os validadores para as linhas metropolitanas, e a Dataprom, que abastece Curitiba. Pelo texto, as empresas também vão ter que fornecer detalhes técnicos sobre os equipamentos.

As informações foram divulgadas hoje (terça, 25) pelo jornal Gazeta do Povo. Segundo a reportagem, o documento pede ainda que a Polícia Federal e a Celepar acompanhem a conferência.

O Ministério Público foi procurado pela BandNews, mas não quis se manifestar. Por meio da assessoria de imprensa, o órgão informou que a promotora Cláudia Madalozo aguarda a chegada de alguns dados solicitados para só então falar oficialmente sobre o assunto.

O MP investiga uma denúncia feita recentemente sobre o risco de fraude nas linhas metropolitanas. A gestão do sistema está a cargo da Metrocard, que é uma associação formada por empresas do transporte coletivo, e o problema estaria na possibilidade de manipulação das informações enviadas à Comec para justificar reajustes. No caso do ofício, no entanto, a Metrocard não foi citada.

A Transdata, por sua vez, disse que ainda não foi comunicada do pedido do MP, e a Dataprom explicou que vai responder aos questionamentos ainda nesta semana.

A BandNews também entrou em contato com a Comec e aguarda retorno.