Pedágios no Paraná deveriam ser 50% mais baratos e garantir o dobro de obras
Os pedágios no Paraná deveriam ser 50% mais baratos e garantir o dobro de obras executadas nas estradas pelas concessionárias. Pelo menos é isso o que mostra um estudo comparativo feito entre o sistema de concessão de rodovias no Estado e as recentes licitações de concessões de trechos realizadas pelo governo federal. De acordo com a pesquisa, que reúne dados apurados pela empresa de consultoria Macrologística com informações coletadas pela Fiep, a Federação das Indústrias do Paraná, as tarifas têm pesado mais do que deveriam no bolso dos usuários. E, se os contratos fossem adequados ao que é praticado hoje, teriam o custo cortado pela metade com um incremento de 100% no volume de investimentos aplicados nas rodovias. O vice-presidente da Fiep, Edson José de Vasconcelos, é quem explica como o levantamento foi desenvolvido.
Ele esclarece ainda como o resultado desse estudo pode ser revertido de forma prática para a vida das pessoas.
O diretor regional da ABCR, a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, João Chiminazzo Neto, reconhece que a realidade atual é completamente diferente do que em 1997, mas que os contratos são instrumentos legais que precisam ser respeitados.
Ainda assim, o diretor afirma que os contratos já estão em processo de revisão e que mudanças certamente serão implementadas.
O estudo não aborda, necessariamente, a possibilidade ou não da renovação dos contratos de pedágio. Mas indica quais situações que representariam uma vantagem em manter as empresas que já administram as rodovias. O levantamento serve ainda de parâmetro para o Ministério dos Transportes, que desde meados do ano passado avalia em que condições aceitaria estender a delegação das rodovias federais ao governo do Paraná e concordar com a renovação dos contratos. O resultado das análises preliminares deve sair no fim do mês.