A Polícia Civil apresentou na tarde desta sexta-feira (22) uma quadrilha que vendia explosivos para estourar caixas eletrônicos. Uma equipe do COPE abordou o grupo de cinco pessoas no momento em que eles faziam uma venda. Depois da prisão em flagrante, próximo ao trevo do Atuba, a polícia fez uma vistoria na casa do envolvidos, antes de encaminhá-los para a delegacia. O delegado do Centro de Operações Policiais Especiais, Rodrigo Brown, conta que chegou até a quadrilha depois de denúncias sobre uma movimentação suspeita na BR-116.

Com o grupo foram encontrados 12 cartuchos de explosivos e 219 espoletas. No total, eram três quilos e meio de explosivos. Segundo o delegado, a Polícia Civil vem investigando os crimes de explosões a caixas eletrônicos desde o final do ano passado. É um tipo de crime recente e que começou a ser praticado com mais frequência nos últimos dois anos.

Os envolvidos devem responder pela posse de explosivos e também pela formação de quadrilha. A pena pode chegar a até nove anos de prisão. A polícia continua investigando a participação dos presos em outros crimes e também pretende descobrir quem eram os clientes dessa quadrilha. Segundo o COPE, os cinco detidos eram de Campina Grande do Sul, na região metropolitana. O chefe do grupo tem passagem pela polícia por vários crimes, entre eles homicídio. Ele estava solto há 20 dias.

O combate às explosões à caixas eletrônicos é uma das principais bandeiras da Secretaria de Segurança Pública desde o final do ano passado. De acordo com os dados da Polícia Civil, entre janeiro e março foram registradas 16 explosões em Curitiba e 73 em todo o Paraná. A média é menor do que a registrada no ano passado, quando aconteciam mais de 10 explosões por mês só na capital.