Pra quem precisou utilizar as rodovias que dão acesso a Curitiba teve bastante problema desde o início da manhã desta quarta-feira (28). Além da paralisação dos motoristas e cobradores que ainda traz reflexos á toda a população pela falta de ônibus, os metalúrgicos também fazem protestos esta manhã em todo o país. A mobilização faz parte do dia de lutas em defesa dos direitos e dos empregos e é um protesto contra demissões arbitrárias. Em Curitiba, 40 mil trabalhadores de 12 fábricas paralisaram as atividades. A vendedora Andreza Fátima dos Santos contou que saiu de casa às 7h30 da manhã de Campo Largo e ficou mais de uma hora parada na BR-277, sentido Curitiba.

Desde o começo da manhã, centenas de metalúrgicos causavam lentidão na BR-277. Eles seguiram em passeata até o contorno leste. Por volta de 7 horas, a polícia rodoviária federal informou que um trecho da rodovia no sentido Paranaguá ficou totalmente bloqueado. Também houve interdição na BR-376, perto do quilômetro 590, por conta do protesto de metalúrgicos da Volvo. Na entrada da Fábrica da Renault, também houve uma mobilização e quem chegava para trabalhar foi impedido de entrar. O analista de logística da empresa Douglas Felipe contou que os funcionários foram liberados para entrar em escalas. Foi quase uma hora de espera e mais de três quilômetros de congestionamento.

Douglas comentou ainda que concorda até certo ponto com as manifestações dos metalúrgicos.

Daqui a pouco, as 10 horas da manhã, os trabalhadores das diversas centrais sindicais se reúnem em Curitiba na Praça Santos Andrade, em frente ao prédio do INSS. Conforme o sindicato, a mobilização em Curitiba também contará com trabalhadores de Maringá, Cascavel, Londrina e Foz do Iguaçu.