A Urbs entrou com uma ação na Justiça contra o protesto de motoristas e cobradores do transporte coletivo feito durante a manhã e o início da tarde desta quinta (8). A Prefeitura classifica a paralisação como abusiva já que o Sindimoc, sindicato que representa a categoria, garantiu, nesta quarta-feira (7), que não haveria greves. A Urbs também deve autuar administrativamente as empresas responsáveis pelo ônibus que ficaram estacionados nas ruas durante os protestos. As empresas podem se defender das multas. Ônibus da região central de Curitiba ficaram parados das 10 horas da manhã até as duas da tarde. O objetivo dos motoristas e cobradores do transporte coletivo era protestar contra os atrasos nos salários e chamar a atenção do governo do estado para a categoria. Os Funcionários se reuniram em frente ao Palácio Iguaçu. A paralisação acabou depois que a Prefeitura de Curitiba realizou o repasse dos de R$ 3,8 milhões às empresas da Rede Integrada de Transporte, para que seja pago o vale de dezembro dos funcionários. A decisão sobre o movimento no centro da capital foi tomada em assembleias realizadas no final da madrugada desta quinta (8) em frente às empresas. A paralisação começou na Praça Rui Barbosa e muitos usuários foram pegos de surpresa. Inês da Silva não tinha como voltar para casa quando saiu do emprego, perto das 11h.

Vera Cordeiro mora em Colombo, na região metropolitana, e foi para o centro de Curitiba para ir ao médico com o filho e também ficou sem opção.

Até quarta (7) motoristas e cobradores ameaçavam entrar em greve a partir de hoje (quinta), mas a decisão foi cancelada na tarde desta quarta-feira (07), depois que a Urbs anunciou o repasse de verbas. A medida foi tomada para quitar, ao menos em parte, a dívida de 9 milhões e meio do Município e do Governo Estadual com as operadoras. Em nota, o Governo do Estado – representado pela Comec – informou que vai honrar com o pagamento do saldo devido a Urbs, que segundo a própria Urbanização de Curitiba, é de mais de 16 milhões de reais.