Vai ser votado hoje (terça, 22), em segunda discussão, o projeto de Lei que aumenta em 10,71% os salários dos vereadores de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Se o texto for aprovado, os vencimentos dos parlamentares passam dos atuais R$ 11.213,64 para R$ 12.414,62, e isso retroativo a primeiro de janeiro, que é o mês da data-base. Já o subsídio do presidente da Câmara saltaria de R$ 15.138,41 para R$ 16.759,73.

A proposta virou motivo de polêmica dentro e fora da Casa. Na primeira votação, na semana passada, cinco parlamentares votaram contra o reajuste e manifestantes prometem acompanhar a sessão desta terça. Quem conta é a vereadora Márcia Ferreira (PMDB).

Além dos vereadores, há ainda a proposta de aumento do salário do prefeito da cidade, Luizão (PT), de R$ 20.887,37 para R$ 23.124,40. Reajuste também para o procurador e os secretários municipais, cujos vencimentos passariam dos atuais R$ 12.447,14 para R$ 13.780,22. E tudo isso igualmente retroativo a 1º de janeiro para o alto escalão.

Na outra ponta, os servidores concursados da Prefeitura e da Câmara ganham correção de 10,71%, referente à reposição da inflação, mas apenas a partir deste mês de março, por causa da data-base.

 Vale lembrar que, uma vez reajustado o salário dos secretários municipais, os ganhos dos cargos em comissão, ou seja, das pessoas contratadas sem concurso público, também sobem, já que correspondem a percentuais dos vencimentos do secretariado. Procurado, o presidente da Câmara, vereador Gilberto do PT, disse quer tudo está sendo feito conforme o que a Legislação prevê.

Ele também reconhece que os salários dos vereadores, do prefeito, vice-prefeita, procurador e secretários já são bastante altos em relação ao da população em geral, mas explica que essa foi uma decisão coletiva.

Votaram contrários ao reajuste, na semana passada, os vereadores Márcia Ferreira (PMDB), Professor Demétrio (PP), Leonildo Gordo (PRB), Binga (PPS), e Sílvio Star (PPS). A votação de hoje está prevista para começar às cinco horas da tarde.