Sobe para 18 o número de mortes em decorrência de complicações pela variante delta do coronavírus, no Paraná. Um terço dos óbitos aparece no boletim mais recente, divulgado nesta quarta-feira (04). Entre as seis mortes está a de um homem de 55 anos, morador de Nova Monte Verde, no Mato Grosso, que estava em Curitiba para tratamento.

A secretaria da saúde afirma que a ocorrência vai ser informada e direcionada ao estado de residência. As seis vítimas tinham a partir de 42 anos. O boletim ainda confirma mais 25 casos da variante delta, no Paraná. O total de diagnósticos chega a 54. Curitiba acumula duas mortes e nove ocorrências. Mais da metade dos casos, na capital, consta no boletim divulgado nesta quarta-feira (04).

Conforme a secretaria municipal de saúde, embora os registros sejam realizados apenas neste momento, as infecções envolvem moradores contaminados pela Covid-19 em junho e meados de julho, há mais de 20 dias. Dos cinco novos casos da variante delta, dois estão relacionados a um dos diagnósticos da última semana. A contaminação da paciente anterior se estendeu para o esposo, de 49 anos, e para a filha, de 17 anos. A Prefeitura diz que o homem tem histórico de viagens locais, permanece internado e com quadro estável; a jovem não precisou de atendimento médico. Nos novos casos há ainda um casal na faixa etária dos 50 anos, que já teve alta e passa bem. O quinto diagnóstico envolve um morador de 45 anos, sem histórico de viagem.

O boletim afirma que a análise para a variante delta é realizada pelo Laboratório Central do Estado e, posteriormente, enviada à Fiocruz. Conforme a Prefeitura, a sondagem é “restrita a uma amostra selecionada de casos positivos de covid-19, dentro de um público específico, formado apenas por pessoas que foram a óbito, gestantes e internados com casos graves”. Na avaliação do munícipio, isso contribui para “a impressão que os casos de Delta confirmados são mais graves”. No entanto, a secretaria defende que as amostras selecionadas “representam apenas uma pequena parte dos casos de covid-19 de Curitiba”.

A Vigilância Epidemiológica lembra que a variante delta é mais transmissível que as demais. Porém, “ainda não há estudos que apontem se é mais letal”. O município vai avaliar os contatos dos pacientes, para levantar dados sobre a cadeia de transmissão.

Reportagem: Cleverson Bravo