Defesa de Lula tem até hoje para apresentar alegações finais do processo sobre terreno do Instituto

 Defesa de Lula tem até hoje para apresentar alegações finais do processo sobre terreno do Instituto

(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

As defesas do ex-presidente Lula e de outros sete réus da ação penal que acusa o petista de receber como propina da Odebrecht um terreno onde seria instalada a sede do Instituto Lula e um imóvel em São Bernardo do Campo, em São Paulo, têm até hoje (31) para apresentar as alegações finais do processo.

Nesta etapa, os advogados podem apresentar eventuais vícios que prejudiquem o processo e ainda fazem uma análise das provas colhidas durante a fase de instrução, buscando assim convencer o juiz da razão das teses apresentadas. Esta é a última etapa da instrução antes da sentença do juiz Sérgio Moro. Não há prazo para que o magistrado publique a decisão no sistema eletrônico da Justiça Federal. No começo de outubro os procuradores da Força-Tarefa da Operação Lava Jato pediram a condenação de Lula por nove atos de corrupção passiva e por sete atos de lavagem de dinheiro. Além disso, o MPF pediu a condenação do advogado Roberto Teixeira, do ex-ministro Antonio Palocci e do empresário Marcelo Odebrecht.

No documento de 408 páginas, a força-tarefa da Lava Jato também solicitou que o imóvel em São Paulo seja confiscado pela justiça e que seja feito um pagamento de R$ 75 milhões pelos acusados, que segundo as investigações, é o valor correspondente ao total da porcentagem da propina paga pelo Grupo Odebrecht. Em um dos trechos, os procuradores afirmam que Lula “foi o principal responsável pelo esquema de macrocorrupção estabelecido na Administração Pública Federal”, por meio da distribuição de cargos na diretoria da Petrobras, com o objetivo de arrecadação de propinas a agentes públicos e políticos.

Segundo o MPF, houve “pagamento e recebimento de valores bilionários, em um sistema bastante sofisticado, abarcando diversos núcleos, grandes empreiteiras, funcionários públicos, operadores e contas secretas no exterior”. Os procuradores dizem que o esquema era não apenas para o enriquecimento ilícito, mas “também à compra de apoio parlamentar e ao financiamento de caras campanhas eleitorais”.

Reportagem: Thaissa Martiniuk

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