A Secretaria de Segurança Pública do Paraná tem 60 dias para apresentar ao Tribunal de Contas do Estado um plano de ação com melhorias no Instituto Médico Legal. O TCE fez vistorias no IML e encontrou inúmeras irregularidades como a estrutura precária, falta de destinação correta do lixo e falta de profissionais. Na unidade de Maringá foram encontrados gatos e baratas, por falta de higienização. Em União da Vitória, no oeste, parte da estrutura funciona em um cemitério. Nenhum dos 18 IMLs do estado tem licença da Vigilância Sanitária e apenas um tem autorização do Corpo de Bombeiros. Além disso, os médicos legistas trabalham com equipamentos como facas e chaves de fenda improvisados e enferrujados. O TCE fez ao todo 43 recomendações à Secretaria de Segurança. A coordenadora da auditoria do TCE, Tatianna Iatauro, explica que o tribunal vai fiscalizar de perto as medidas que o governo deve tomar.

O relatório do TCE com todos os detalhes das fiscalizações feitas no ano passado foi aprovado pelos conselheiros na última quinta-feira. Para tentar resolver o problema da falta de servidores, a Sesp fez a contratação emergencial de funcionários, mas o Tribunal de Contas avalia que isso não é o suficiente. A Secretaria de Segurança Pública informou por meio de uma nota da assessoria de imprensa que vai entregar o plano de segurança exigido pelo Tribunal de Contas e que já fez modificações para melhorar as estruturas. Entre elas está a recuperação das câmaras frias e da área de radiologia, em Curitiba. Sobre a falta de funcionários, a Secretaria informou que procura soluções, já que o próprio Tribunal de Contas emitiu um alerta dizendo que o Estado atingiu o limite de gastos com pessoal.