Erro médico pode ter causado morte de paciente no Hospital Evangélico
Funcionários da enfermagem do Hospital Evangélico fazem uma denúncia grave. Equipamentos que mantinham a vida de um paciente há mais de quatro anos no hospital foram desligados por um funcionário sem preparo para a função. Um laudo médico também reforça a informação. Segundo a escrita do médico responsável, o paciente foi encontrado em óbito e sem a ventilação necessária para que ele sobrevivesse. Além disso, o médico escreve que faz o laudo à mão porque o que estava no sistema sumiu. Uma funcionária relata como tudo aconteceu. A voz foi alterada para preservar a identidade dela.
Segundo a funcionária o caso não é único.
A vítima é João Carlos Siqueira Rodrigues, de 33 anos. Ele ficou conhecido por morar no Hospital Evangélico. Nos quatro anos em que ficou internado casou, teve um filho e escreveu, com a ajuda de uma enfermeira, um livro, “O Caçador de Lembranças”. O pai da vítima, Pedro Rodrigues, conta que se não bastasse a tristeza com a morte de um filho, a esposa dele, mãe de João Carlos, também faleceu ao receber a notícia.
João Carlos sofria de uma doença degenerativa e já teve o prazo de vida datado por várias vezes, porém apresentava um quadro de saúde estável. O livro que escreveu relata mensagens de otimismo. O diretor técnico do Hospital Evangélico, Luiz Felipe Mendes, afirma que um procedimento interno foi aberto para investigar a denúncia de que houve negligência médica na morte do paciente. Ele não acredita que a história seja verdadeira.
Agora a informação de que uma auxiliar de enfermagem teria desligado o respirador, aparelho que mantinha o paciente vivo, será levada para o Ministério Público.
Em maio de 2011 João Carlos deu uma entrevista para a Band News para contar sobre o lançamento do livro. Acompanhe.