TRF mantem bloqueio de bens de Aldemir Bendine
O Tribunal Regional Federal decidiu manter bloqueados os bens do ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. Quando foi preso, em julho deste ano durante a 42ª fase da Lava Jato, a Justiça do Paraná determinou que quase quatro milhões de reais de contas e investimentos bancários do ex-executivo fossem confiscados. O valor é corresponde ao que teria sido recebido por Bendine, ilegalmente, quando ele comandava o Branco do Brasil.
No pedido de desbloqueio, os advogados do ex-presidente da estatal alegaram que os valores confiscados tiveram a origem lícita comprovada e que, portanto, não poderiam ter sido bloqueados. A defesa informou que vai recorrer da decisão no próprio TRF4 com o argumento de que a família de Aldemir Bendine está precisando do dinheiro.
Em despacho, o desembargador João Pedro Gebran Neto afirmou que, além da colaboração do grupo Odebrecht, também há anotações dos repasses aos intermediários de Bendine nas agendas eletrônicas de Marcelo Odebrecht como fundamento para a decisão.
Quanto aos valores ilícitos, que chegavam a cerca de R$ 4 milhões pagos em três vezes, o relator afirmou que embora não tenham sido totalmente rastreados, houve identificação segura do percurso do dinheiro. Para o relator, foi correto o sequestro, independentemente de ser o saldo proveniente de atividades lícitas.
Segundo a denúncia, o ex-executivo teria solicitado a propina da Odebrecht quando ainda era Presidente do Banco do Brasil. Porém, os pagamentos teriam ocorrido depois dele assumir o cargo na Petrobras, entre os meses de junho e julho de 2015. Além de Bendine, também respondem a este processo outros cinco réus, entre eles, o empresário Marcelo Odebrecht.