Curitiba confirma mais 411 casos e 13 mortes pelo coronavírus
Curitiba confirma mais 411 casos e 13 mortes pelo coronavírus. Segundo dados desta quarta-feira (29), são 18.131 diagnósticos positivos e 504 mortos na cidade.
A taxa de ocupação das 345 UTI’s do SUS exclusivas para covid-19 nesta quarta-feira é de 89%. Entre os casos confirmados, 603 pacientes estão internados em hospitais públicos e privados da capital paranaense, 247 deles em UTI’s.
As novas vítimas tinham entre 30 e 85 anos de idade, 9 eram homens e 4 eram mulheres e faleceram entre esta terça (28) e quarta-feira (29). Todos os pacientes estavam internados em hospitais públicos e privados.
De acordo com a médica infectologista da Secretaria Municipal da Saúde, 5 das vítimas tinham menos de 60 anos, e uma delas não tinha fator de risco.
Além das 504 mortes, a capital paranaense investiga 6. Dos mais de 18 mil curitibanos que que testaram positivo para o coronavírus, 11.533 estão liberados do tratamento, mas há ainda 6.094 que estão com a doença em fase ativa, ou seja, podem transmitir o vírus. Outros 570 casos em investigação, aguardando resultado de exames.
Com a escassez dos medicamentos para intubar pacientes em Curitiba, a Prefeitura recolheu anestésicos em falta de clínicas de estética. Durante a live desta quarta-feira (29), a secretária municipal de saúde, Márcia Huçulak, comentou sobre o assunto e falou que as fiscalizações da Vigilância Sanitária de Curitiba foram feitas a partir de denúncias recebidas pelo Canal 156.
Ela garantiu que os insumos que foram recolhidos vão ser repassados para diversos hospitais da cidade.
O médico Jamal Munir Bark, participou da live da Prefeitura desta quarta-feira (29). O doutor, de 59 anos, que atendia na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Boqueirão, foi afastado no dia 19 de março devido à contaminação pela covid-19.
Ele apresentou um quadro grave da doença. Duas horas após ser internado no Hospital Marcelino Champagnat, ele foi levado para a UTI, onde ficou intubado por 26 dias. O internamento durou cerca de dois meses e, até hoje, ele se submete a sessões de fisioterapia.
O médico reforça que a vida é uma linha ténue entre a morte e o viver e, de acordo com Jamal, ele ficou no meio desta linha. O doutor ainda afirmou que ter contraído a doença foi um verdadeiro impacto, porque a vida mudou completamente.
Segundo a Prefeitura, o Dr. Jamal vai voltar ao trabalho na próxima semana. Ele vai atuar no Complexo Regulador da Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas), que define o tipo de assistência em leitos e ambulâncias.
A Secretaria Municipal de Saúde disse que ele está recuperado, não representa risco de contágio às outras pessoas e vai trabalhar com todos os equipamentos de proteção.
Reportagem: Fernanda Scholze