Vacina: Paraná deve fechar acordo com Rússia e aguarda resultado dos estudos clínicos

 Vacina: Paraná deve fechar acordo com Rússia e aguarda resultado dos estudos clínicos

Foto: Arnaldo Alves/ AEN

O Paraná e a Rússia devem selar nesta tarde um acordo para a testagem e a eventual produção e distribuição da vacina Sputnik 5, anunciada pelo presidente russo Vladimir Putin como o primeiro imunizante capaz de proteger contra a covid-19.

A reunião, em Curitiba, está marcada para as duas horas da tarde. Participam o governador do Paraná, Ratinho Junior, o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov, o Fundo Soberano Russo, a Casa Civil do Paraná e o Tecpar, o Instituto de Tecnologia do Paraná. Uma das prioridades é o recebimento dos resultados dos estudos já feitos para que o estado consiga avançar no protocolo técnico junto à Anvisa para o início imediato dos testes da fase 3 no Brasil.

O anúncio da Rússia foi recebido com desconfiança pela comunidade científica internacional porque os resultados dos exames clínicos realizados até o momento ainda não foram revelados. O próprio governo do Paraná tem adotado uma postura bem cautelosa em relação à vacina. O acordo de cooperação deve ser acompanhando por termos de confidencialidade. A expectativa é que os técnicos do Paraná tenham acesso aos resultados assim que o acordo for assinado. Essa é considerada uma etapa fundamental, assim como a transferência da tecnologia usada pelo Instituto Gamaleia de Moscou.

Todos os detalhes devem ser negociados hoje à tarde. O Paraná pretende iniciar o quanto antes os testes clínicos da vacina, na chamada fase 3, que analisa a eficácia e o nível de proteção resultante do antígeno. Isso depende de uma autorização da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e do Comitê de Ética em Pesquisa, vinculados ao Ministério da Saúde. Os valores envolvidos ainda não foram discutidos.

De acordo com fontes que participam das negociações desde julho, os recursos necessários serão postos à mesa de negociação junto aos termos de cooperação técnica. A Rússia busca parceiros que sejam capazes não só de testar, mas também de produzir e distribuir a vacina. Nesse cenário, o Paraná poderia entrar como um possível polo para América Latina, embora o Tecpar ainda não saiba estimar qual seria a eventual capacidade de produção do instituto.

Quanto a prazos, também não há, oficialmente, nenhuma previsão. Extraoficialmente, fontes confirmaram que dificilmente o Paraná avance em nível de produção em 2020. Em um primeiro momento, estima-se que o imunizante, caso aprovado, possa ser produzido a partir do primeiro trimestre de 2021.

Reportagem: Angelo Sfair

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