Pazuello diz que vacina de Oxford é a melhor opção para o Brasil
O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirma que os dados sobre a vacina russa contra o coronavírus ainda são primários. A fala foi feita em uma audiência pública na Comissão Mista do Congresso, nesta quinta-feira (13). Para ele a melhor opção, no momento, é a vacina de Oxford.
Pazuello participou nesta quarta-feira (12) da videoconferência para discutir a vacina russa com o governador do Paraná, Ratinho Júnior, representantes da Anvisa e da embaixada da Rússia.
Segundo o ministro interino, a compra da vacina russa ainda vai passar por muita negociação e trabalho até que o medicamento seja aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Pazuello comenta que, por enquanto, as informações sobre a Sputnik V são rasas.
Eduardo garante que o Ministério da Saúde segue atento no desenvolvimento da vacina russa.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) avançou no diálogo com a Rússia. A vice-diretora-geral da OMS, Mariângela Simão, afirma que a entidade já recebeu novas informações do Instituto Gamaleia de Moscou. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, ela afirma que as fases 1 e 2 já foram concluídas:
A médica curitibana avalia de forma positiva o avanço dos estudos ao redor do mundo. Mais de uma centena de candidatas de vacina foram registradas na OMS, sendo que cinco já estão em fase final de estudos clínicos. O projeto do Instituto Gamaleia de Moscou ainda precisa cumprir etapas importantes:
Para Mariângela Simão, ainda é cedo para cravar uma data em que uma eventual vacina estará disponível para a população mundial. No entanto, dificilmente algum antígeno será produzido em 2020. Em um cenário positivo, a OMS espera vacinar 20% da população global até o final do ano que vem:
O Tecpar estima um período de 30 dias para protocolar junto à Anvisa o pedido de autorização de pesquisa da vacina russa no Brasil.
Reportagem: Fernanda Scholze