A vacina desenvolvida pela Rússia para a Covid-19 apresentou bons resultados em voluntários e possivelmente oferece imunidade por dois anos. A informação foi confirmada nesta manhã pelo Instituto Gamaleia de Moscou. Os estudos clínicos já realizados em território russo ainda não foram publicados. O Paraná tem um acordo embrionário com o Kremlin e pode assinar um acordo de cooperação técnica para produzir e distribuir a vacina Sputnik V (Sputnik Cinco), caso o imunizante seja aprovado futuramente pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Em uma conferência virtual, nesta manhã, cientistas e representantes do Fundo de Investimento Direto da Rússia informaram que o imunizante precisa passar por novos testes. A partir da semana que vem, pelo menos 40 mil voluntários serão vacinados e acompanhados por um comitê estrangeiro. Desta forma, Moscou sinaliza que pretende tornar o processo mais transparente. O anúncio da vacina, no início do mês, foi recebido com desconfiança pela comunidade científica internacional devido à ausência de informações sobre a pesquisa.

No Paraná, um comitê liderado pelo Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná) estreita os laços com o Instituto Gamaleia de Moscou para receber mais informações sobre a Sputnik V (Sputnik Cinco). Se os resultados forem promissores, o Estado pretende protocolar junto à Anvisa um pedido para iniciar as pesquisas e as testagens em território brasileiro. Um memorando embrionário, assinado no dia 12 de agosto, pode avançar para um acordo de cooperação técnica e transferência de tecnologia.

Reportagem: Angelo Sfair