Curitiba chegou a uma das maiores taxas de ocupação de leitos de UTI SUS destinados ao tratamento de pacientes com a Covid-19, desde o início da pandemia. Dos 334 leitos existentes, 94% deles estão ocupados.

No momento restam 21 livres, conforme a prefeitura. Dois dos 9 hospitais que oferecem os leitos na cidade estão com 100% de ocupação das unidades, outros três não têm mais leitos de enfermaria disponíveis, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). De acordo com o médico chefe da UTI Covid do Hospital Evangélico Mackenzie, Marcelo Oliveira, o que se observa é um aumento de pacientes mais jovens internados.

A taxa de ocupação das UTIs públicas Covid-19 no Hospital Evangélico Mackenzie está em 73%, com 24 dos 33 leitos ocupados. Nas enfermarias ou leitos clínicos, a ocupação chega 65%. Em pelo menos outros três hospitais privados de Curitiba há lotação máxima dos leitos.

Ontem (25) o Instituto de Neurologia de Curitiba informou que devido a alta na demanda de pacientes com o coronavírus o pronto atendimento da unidade ficará temporariamente fechado. No início da semana, os hospitais Marcelino Champagnat e Nossa Senhora das Graças comunicaram a mesma situação: 100% dos leitos de UTI ocupados e a interrupção no atendimento de novos pacientes.

A capital paranaense também tem batido recordes nos números de casos já confirmados e ativos. Conforme boletim divulgado ontem (25) pela Secretaria Municipal da Saúde, mais de 12 mil pessoas podem transmitir o coronavírus na cidade.

Além disso, somente nas últimas horas foram confirmados mais 1.597 casos da doença, chegando ao total de 71.840 infectados desde de março. Amanhã (27) a secretaria deve reavaliar a bandeira de alerta da doença na cidade, que no momento está amarela (alerta médio). No início desta semana, em entrevista à BandNews FM, a secretária municipal da saúde, Márcia Huçulak, confirmou que haverá o anúncio de medidas mais restritivas a determinados setores.

Reportagem: Leonardo Gomes