Os profissionais da saúde serão os primeiros imunizados contra a covid-19 em Curitiba. De acordo com o prefeito Rafael Greca, uma parceria com o governo do estado de São Paulo permitirá que a capital acesse doses da Coronavac, a candidata a vacina da farmacêutica Sinovac, cujos ensaios clínicos no Brasil são liderados pelo Instituto Butantan. O imunizante ainda precisa da chancela da Anvisa, e não há prazo para que a agência reguladora avalie o produto.

O governador de São Paulo, João Doria, disse ontem (7) que pretende iniciar a imunização de grupos prioritários a partir do dia 25 de janeiro. Das doses disponíveis para o estado paulista, cerca de 4 milhões podem ser distribuídas a estados e municípios parceiros, entre eles Curitiba.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Greca afirma que a vacinação deve ser prioridade máxima para 2021, e cobra do governo federal um plano nacional de imunização:

O prefeito de Curitiba reforçou a ideia de que a cidade não priorizará laboratórios específicos, e que trabalha com todas as possibilidades para acessar as vacinas o mais rapidamente possível. Greca não descarta nenhum dos imunizantes em teste, desde que passem pelo crivo da Anvisa:

Tanto Curitiba quanto o Paraná já têm reservas financeiras para a compra de vacinas em 2021. O governo estadual reservou R$ 200 milhões do orçamento para imunizantes. Em todo o Estado, os 272 mil profissionais da saúde devem formar o grupo prioritário, recebendo a vacina antes mesmo do que os idosos.

Com a Coronavac, aplicada em duas doses, e considerando a reserva técnica de 10% para eventuais perdas, seriam necessárias 600 mil doses para imunizar todos os profissionais. O custo estimado para cobrir esse grupo é de R$ 32 milhões.

Reportagem: Angelo Sfair