Vacina para Covid-19 desenvolvida pela UFPR produz mais anticorpos que a de Oxford, em fase pré-clínica
Os resultados da segunda imunização com a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade Federal do Paraná mostraram mais anticorpos do que da vacina da parceria AstraZeneca/Oxford. A vacina da UFPR está na fase pré-clínica, quando é testada em camundongos.
A medida da quantidade de anticorpos, chamada de o título de anticorpos, é feita após uma série de diluições no soro sanguíneo que recebeu o imunizante. Na vacina da UFPR, o soro foi diluído 16 mil vezes e ainda encontraram anticorpos. A vacina de Oxford registrou anticorpos após dez mil diluições.
O professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFPR e um dos responsáveis pelo estudo, Marcelo Müller dos Santos, explica o processo.
O estudo da UFPR vai ter que diluir mais vezes para descobrir qual é o título limite de diluições da vacina. Para o pesquisador, a expectativa é finalizar os testes pré-clínicos, em camundongos, até metade de 2021, mas para testar em humanos, a Universidade precisaria de uma parceria.
Nesta fase, a imunização testada é via nasal. Os próximos testes pretendem descobrir se os anticorpos produzidos pela imunização têm efeito neutralizante, ou seja, se impedem que o vírus interaja com os receptores das células.
Reportagem: Larissa Biscaia