Sem vacina, Paraná avança na logística do Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19
Ainda sem acordos firmados para a compra de vacinas contra a Covid-19, a Secretaria da Saúde do Paraná avança as discussões sobre o Plano Estadual de Vacinação. Uma reunião realizada após a apresentação do plano nacional, pelo Ministério da Saúde, discutiu aspectos técnicos e logísticos da estratégia local. O principal objetivo é alinhar a estrutura para permitir a vacinação dos grupos prioritários tão logo uma vacina seja disponibilizada no Brasil.
Os primeiros contemplados com o futuro imunizante serão, nesta ordem, os profissionais da saúde que atuam na linha de frente da pandemia e a população idosa.
De acordo com o secretário Beto Preto, o plano estadual vem sendo discutido há 90 dias:
Um dos principais desafios da logística e da estruturação é o fato de que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ainda não aprovou nenhuma vacina, e não há indicativos de quais imunizantes serão autorizados no Brasil. No mundo, várias candidatas a vacinas foram desenvolvidas com tecnologias diferentes, cada qual com suas particularidades e exigências sanitárias.
Segundo o diretor-geral da Secretaria Estadual da Saúde, Nestor Werner, o Paraná tem uma estrutura robusta de armazenamento e distribuição de imunobiológicos.
A maior dificuldade, segundo ele, é traçar múltiplas estratégias e antecipar as possibilidades: 1
Para ele, o que definirá o sucesso ou o fracasso do Plano Estadual de Vacinação contra a covid-19 será a capacidade de distribuir rapidamente as doses para os 399 municípios do Estado:
Enquanto existem vacinas no horizonte paranaense, o governo do Estado prepara a compra de itens periféricos: seringas; agulhas; algodão; geladeiras, freezers e câmaras frias; caminhões; equipamentos de proteção individual – todos os itens essenciais para o manejo e distribuição dos imunizantes. O governo reservou R$ 200 milhões do orçamento de 2021 para executar o Plano Estadual de Vacinação.
Reportagem: Angelo Sfair