O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, afirmou ontem (28) que tem interesse em adquirir lotes da CoronaVac, do Instituto Butantan, caso o governo federal não exerça o direito de compra de 54 milhões de doses. Pela internet, o chefe do executivo reafirmou o compromisso de imunizar a população o mais rapidamente possível.

No final de 2020, a Prefeitura de Curitiba chegou a fechar um acordo com o Governo de São Paulo para a compra das vacinas contra a covid-19, mas o Instituto Butantan não conseguiu cumprir o combinado porque o Ministério da Saúde requisitou todas as doses de CoronaVac produzidas até então.

Rafael Greca afirma que a vacinação em massa é fundamental para a retomada econômica e para o desenvolvimento cultural e social de Curitiba:

Apesar do interesse, Greca reafirmou o compromisso de seguir o Plano Nacional de Vacinação, sem a intenção de “furar a fila” pelos imunizantes. O prefeito também comentou a expectativa pela chegada de mais vacinas produzidas por outros laboratórios mundo afora:

Em entrevista à BandNews FM, a advogada Renata Farah, especialista em Direito Médico e à Saúde, explica que não existe impedimento jurídico para que governos e prefeituras negociem diretamente com laboratórios e fornecedores, desde que essa compra não interfira nos planos federais.

Segundo ela, o ideal é que esse trabalho seja executado de forma complementar:

A Prefeitura de Curitiba reservou R$ 100 milhões do orçamento para a compra de vacinas contra a covid-19. O Governo do Paraná tem à disposição o dobro deste montante: R$ 200 milhões. Diferentemente de Rafael Greca, Ratinho Junior não mostrou interesse em negociar vacinas de forma independente. O governador tem mantido a postura subordinada ao Planalto.

Reportagem: Angelo Sfair