Mesmo em processo de vacinação, a passagem da nova cepa do coronavírus pelo Paraná preocupa especialistas. Até o momento, não há transmissão comunitária da variante P1 no estado, segundo a Secretaria de Saúde, mas os cuidados devem continuar. Cinco pacientes vindos de Manaus para o tratamento em Curitiba e região tiveram o diagnóstico positivo para a variante na última terça-feira (16), confirmado pela Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro.

As amostras foram encaminhadas pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). A médica infectologista e coordenadora de epidemiologia do Hospital Marcelino Champagnat, Viviane Hessel, explica que a preocupação é a maior transmissibilidade da cepa, mas ela ainda é estudada.

Os vírus, de maneira geral, têm facilidade para se multiplicarem. Com isso, surgem pequenos erros, que causam as variações, as cepas. É como se fossem pequenas mudanças na receita de um bolo, que alteram diretamente o sabor.

Ao mesmo tempo que Curitiba viu uma queda expressiva no número de casos ativos, de 9 mil 149 no dia 18 de janeiro para 4 mil 964 nesta sexta-feira (19), a nova cepa pode alterar o cenário.

Quanto ao uso de duas máscaras, a médica esclarece que a proposta é ajustar melhor a proteção ao rosto.

No último boletim, Curitiba confirmou 437 novos casos e 12 óbitos. Já o Paraná tem 3 mil 27 novos diagnósticos e 92 mortes.

Reportagem: Larissa Biscaia