Uma técnica de enfermagem que simulou a aplicação de uma vacina contra a Covid-19 foi afastada pela Prefeitura de Fazenda Rio Grande, município da Grande Curitiba. O caso aconteceu no fim da manhã desta quinta-feira (18/02) e veio à tona, depois que a dentista que deveria receber o imunizante, divulgou o vídeo com a denúncia nas redes sociais. A profissional tinha direito ao imunizante, segundo os critérios definidos pela prefeitura.

As imagens gravadas por um celular e divulgadas pela dentista nas redes sociais, mostram a técnica de enfermagem inserir e retirar a agulha com uma seringa vazia no braço da profissional, sem pressionar o gatilho. A dentista Diesi (DIÉCI) Hipólito Stall diz que decidiu filmar a aplicação da vacina, por conta dos casos de fraudes divulgados pela imprensa, mas que não imaginava que na sua vez, o imunizante não seria aplicado.

Ao ver os vídeos da aplicação da vacina, a dentista percebeu que a sua dose não havia sido aplicada, pois a seringa estava vazia.

A dentista estava próxima a unidade de saúde, quando percebeu a falha. Ela conta que retornou imediatamente ao posto, para pedir por uma nova aplicação.

O caso aconteceu na Unidade de Saúde Nações, em Fazenda Rio Grande. Depois de mostrar o vídeo aos responsáveis da unidade de saúde, a dose foi finalmente aplicada à profissional, que decidiu compartilhar o vídeo nas redes sociais, para alertar as pessoas que estão recebendo as doses da vacina. O procurador geral do município de Fazenda Rio Grande, Marcelo Molinari, diz que o caso foi pontual e que não deve ser motivo para colocar toda a campanha de vacinação em descrédito.

Por considerar a situação um caso isolado, nenhuma medida adicional de investigação na aplicação dos imunizantes foi tomada pela prefeitura. Segundo o procurador, a falha na vacinação foi identificada pela própria servidora, que avisou seu superior, antes mesmo da reclamação da dentista.

A técnica de enfermagem deve responder processo administrativo disciplinar para apurar a sua conduta, durante a aplicação do imunizante. Este procedimento deve durar em média de 100 dias. Enquanto o processo não é concluído, a servidora deve seguir afastada e recebendo salário.

Reportagem: David Musso