Mais da metade dos hospitais de Curitiba não tem mais leitos para covid-19
Mais da metade dos hospitais de Curitiba que atendem pelo SUS e que têm alas destinadas à pacientes com coronavírus já não podem receber novos infectados.
A superlotação é uma realidade em cinco dos nove hospitais de referência: Cruz Vermelha, Santa Casa, São Vicente, Hospital Vitória e Hospital de Reabilitação. Outros três centros registram mais de 80% de ocupação: Hospital do Trabalhador, de Clínicas e Evangélico Mackenzie. Apenas o Erasto Gaertner tem ocupação inferior a 50%, porque a especialidade do hospital é a oncologia.
Em Curitiba, a situação é mais grave porque o município é o principal provedor de vagas da 2ª Regional de Saúde do Paraná, a mais populosa do Estado. Além da capital, apenas Campo Largo tem hospitais de referência para o atendimento de pacientes com covid-19. O Hospital do Rocio, que abriga quase todas as vagas de UTI de Campo Largo, está praticamente lotado, com 97% de ocupação, enquanto o São Lucas apresenta uma taxa de 68%.
Em todo o Paraná, das 1.293 unidades de terapia intensiva do SUS para adultos reservadas para a pandemia do coronavírus, restam apenas 93 livres. Pela primeira vez desde março de 2020, todas as quatro macrorregiões do Estado têm uma taxa de ocupação superior a 90%. As regiões oeste e noroeste têm menos de 15 leitos vagas. Na região norte, há 22 leitos de UTI. No leste, 46 vagas de alta complexidade estão disponíveis.
Reportagem: Angelo Sfair