Dez prefeituras, incluindo a de Curitiba, começam a construir hoje (1º) um consórcio para compra de vacinas contra a Covid-19. A reunião das cidades, coordenada pela Frente Nacional de Prefeitos, é uma resposta à inércia do Ministério da Saúde, que deveria liderar as negociações para viabilizar imunizantes. Uma reunião virtual realizada neste final de semana marcou o início do diálogo. É esperado que mais prefeitos se juntem ao grupo e reforcem a Comissão de Vacinas.

O município de Curitiba reservou R$ 100 milhões do orçamento de 2021 para compras relacionadas à campanha de imunização contra a covid-19. No entanto, desde que as primeiras vacinas foram aprovadas pela Anvisa para uso emergencial, o Ministério da Saúde impôs amarras. Na semana passada, uma decisão do STF autorizou prefeitos e governadores a comprarem vacinas, desde que respeitem as diretrizes e não interfiram nas negociações em andamento do governo federal.

Em recente entrevista ao Paraná Portal, o prefeito Rafael Greca reafirmou a intenção de comprar vacinas para reforçar o plano nacional de imunização:

Ele ainda relatou as dificuldades da queda de braço com o governo federal. De acordo com Greca, o valor que Curitiba reservou do orçamento para a compra de imunizante é suficiente para vacinar 70% da cidade:

Após a consolidação do consórcio da Frente Nacional de Prefeitos, o grupo deve iniciar os contatos formais com os laboratórios que produzem vacinas aprovadas pela Anvisa. A Pfizer, por exemplo, conseguiu o registro definitivo na agência sanitária regulatória, embora o governo federal não tenha fechado negócio com a farmacêutica norte-americana.

A Comissão de Vacinas já conta com a adesão de Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Manaus, Belém, Salvador, Aracaju, Petrolina, Cuiabá e Ribeirão Preto.

Reportagem: Angelo Sfair