O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, vai à Cascavel, no Oeste do Paraná, nesta quinta-feira (04). A macrorregião atravessa um dos momentos mais delicados da pandemia. Conforme a Diretoria de Gestão em Saúde do Estado, até a manhã desta terça-feira (02), dos 237 leitos de UTI dedicados ao coronavírus, apenas seis estavam disponíveis. Em Cascavel, três dos quatro hospitais de referência no atendimento de pacientes contaminados não tinham mais vagas para internação.

A partir desta quarta-feira (03), o ambulatório do Hospital de Retaguarda, em Cascavel, foi fechado definitivamente para consultas. Os pacientes vão ser transferidos apenas pela Central de Leitos. Nos últimos dias, o Hospital de Retaguarda recebeu 15 respiradores liberados pelo Ministério da Saúde.

O prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, afirma que solicitou mais um lote de equipamentos, além de uma cota extra de vacinas.

A Prefeitura de Cascavel tenta transferir pacientes para outras cidades do país. O pedido foi feito ao Ministério e à Secretaria Estadual de Saúde, nesta terça-feira (02). O documento cita que, na macrorregião, existiam 160 pessoas aguardando por leitos de UTI ou enfermaria para Covid-19.

O prefeito de Cascavel já tinha se reunido com representantes do Ministério da Saúde, na semana passada, em Brasília.

A Prefeitura de Cascavel informou que o Hospital de Retaguarda atuava com 26 leitos de UTI, até esta terça-feira (02), seis acima da capacidade. Com a chegada dos respiradores e monitores, o Hospital deve alcançar 30 leitos de UTI exclusivos para a Covid-19. Para atender a demanda, o município ainda precisa contratar servidores, pois o quadro efetivo não é suficiente para ampliar o sistema. As contratações são feitas pelo Consórcio de Saúde dos municípios do Oeste.

Reportagem: Cleverson Bravo