Sistema de saúde da capital paranaense opera no limite, diz Secretaria Municipal da Saúde
Com a alta demanda para atendimento à covid-19, a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba admite o receio de que faltem medicamentos, leitos ou insumos para tratar pacientes com a doença.
O sistema de saúde da capital paranaense opera no limite e, a qualquer momento, não vai ser possível oferecer atendimento adequado aos pacientes que precisam de assistência hospitalar, segundo a superintendente executiva da Secretaria Municipal de Saúde, Beatriz Battistella.
Ela comenta que esse é um momento de guerra que exige o esforço de todos e a solução que pode trazer resultados mais rápidos é evitar a transmissão do coronavírus.
Para a superintendente de gestão da Secretaria Municipal de Saúde, Flávia Quadros, o chamado lockdown é preciso para que o colapso total não aconteça.
As afirmações foram feitas neste sábado (13), em uma coletiva de imprensa sobre a mudança de bandeira, que agora está vermelha.
Alguns motivos que agravaram a situação da covid-19 na cidade: as novas variantes mais transmissíveis do coronavírus e a contaminação da doença em pacientes mais jovens.
A Secretaria Municipal da Saúde afirma que antes, a população mais jovem, de 20 a 60 anos, não demandava grandes esforços do sistema de saúde. E agora isso mudou radicalmente.
A mudança de perfil dos infectados também causa uma rotatividade mais lenta dos leitos de UTI. Enquanto os pacientes idosos que desenvolvem a forma grave da covid-19 tendem a morrer em poucos dias, os mais jovens resistem por mais tempo.
De acordo com a Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (FEMIPA), a situação afeta igualmente o sistema público e privado de saúde.
Reportagem: Fernanda Scholze.