Um decreto metropolitano será publicado ainda hoje (15) para alinhar as medidas de restrição de circulação de pessoas com o objetivo de frear o contágio pelo coronavírus na Grande Curitiba. A tendência é a de que os municípios sigam a maior parte das orientações previstas na bandeira vermelha, que vigora na capital desde o final de semana.

O aumento repentino da taxa de transmissão e a nível crítico de ocupação dos leitos para covid-19 demandam medidas mais enérgicas de restrição para que o sistema público e privado de saúde consiga prestar o atendimento aos doentes.

Em entrevista à BandNews FM, o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, afirma que todos os prefeitos estão conscientes do desafio atual:

Como presidente da Assomec, o vice-prefeito de Curitiba reconhece que o transporte público é um dos pontos de maior questionamento da população. A superlotação é uma realidade enfrentada diariamente pela população, inclusive pelos trabalhadores que atuam em serviços essenciais e não podem interromper as atividades:

Eduardo Pimentel também demonstrou preocupação com a retomada econômica, mas reforçou que a prioridade, neste momento, precisa ser a saúde da população:

O vice-prefeito afirma que só será possível voltar à normalidade com a população vacinada e imunizada:

Segundo a Assomec (Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba), todos os 29 municípios da Grande Curitiba vão aderir às restrições, com adaptações pontuais. A decisão mais importante desta reunião foi o entendimento de que o comércio e os serviços não essenciais devem interromper as atividades, pelo menos, até o dia 21 de março (domingo).

Conforme levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), restam apenas 15 leitos livres de UTI do SUS e 160 vagas de enfermaria na macrorregião Leste do estado, que compreende a região de Curitiba, Litoral e Campos Gerais. A quantidade é insuficiente para atender a demanda, uma vez que a fila de espera na região chega a 417 pacientes.

Reportagem: Angelo Sfair