O Paraná registrou 81 mil e 533 mortes durante o período de março de 2020 a fevereiro de 2021. O crescimento foi de 21,63%, ou seja, 14.500 mortes a mais em relação à média histórica do Estado. Com o agravamento da pandemia no último mês, 6.900 mortes foram registradas pelos cartórios paranaenses. Isso fez com que fevereiro de 2021 fosse o mês mais mortal da própria série histórica do Paraná, chamada “Estatísticas do Registro Civil”, que teve início em 2003.

Os dados são do Registro Civil, e podem ser acessados através do Portal da Transparência. Os números são atualizados em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos registrados pelos Cartórios de Registro Civil do País. Esses números são cruzados com os dados históricos do estudo de Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo IBGE, com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

Segundo a presidente do Instituto do Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná (Irpen/PR), a maior preocupação é com a falta de estrutura na saúde para atender a esta demanda.

Para ela, os registros podem colaborar também no desenvolvimento de políticas públicas de enfrentamento à Covid-19.

O Brasil fechou o “ano da pandemia” com um total de quase 1 milhão e meio de mortos, também número recorde desde o início da série histórica. O crescimento foi de 31% em relação à média histórica, que sempre esteve na casa de 1,7%. O número de mortes registradas nos meses de 2021 ainda pode aumentar, assim como a variação da média anual e do período. Isso porque os prazos para registros chegam a prever um intervalo de até 15 dias entre o falecimento e o lançamento do registro no Portal da Transparência.

Além disso, alguns estados brasileiros também ampliaram o prazo legal para comunicação de registros em razão da situação de emergência causada pela pandemia.