Investimento em estrutura e uso consciente da água são essenciais para garantir recurso a longo prazo, afirma especialista
Os impactos da ação humana sobre rios e mananciais e a necessidade de preservação da água são evidenciadas nesta segunda-feira (22) em que se celebra o Dia Mundial da Água. Para especialistas, o combate à poluição, os desmatamentos e o uso de tecnologias são os principais aliados para que o recurso se mantenha abundante a longo prazo. O Paraná passa por uma das mais severas crises hídricas da história com recuperação dos níveis dos reservatórios aos poucos, mas ainda longe do ideal.
Segundo o técnico químico, especializado em saneamento, tratamento de água e esgoto, José Cristiano Ribeiro dos Santos, o primordial na preservação da água é o investimento em estrutura de captação e reserva do recurso.
No Paraná, o consumo médio de água por habitante médio é de 150 litros diariamente, conforme estimativa da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).
Apesar disso, o maior consumidor do recurso é a agroindústria, que corresponde a 92% do uso de água em todo o Brasil, conforme a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
Com o objetivo de garantir a preservação de nascentes como forma de contribuir para o enfrentamento da crise hídrica que já atinge parte do Paraná, o Ministério Público do Paraná (MPPR) lançou hoje (segunda-feira, 22) o programa Água para o Futuro.
De acordo com o coordenador do projeto, promotor de Justiça Alexandre Gaio, quando se fala em preservação da água é preciso pensar no futuro e lembrar que se trata de um recurso finito.
O projeto do MPPR tem como objetivo monitorar nascentes pelo Paraná, através de site e aplicativo. Ao ser observado alguma degradação ambiental podem ser tomadas providências como denúncias e notificações extrajudiciais. Mais detalhes do projeto estão disponíveis no site mppr.mp.br
Reportagem: Larissa Biscaia