Pacientes jovens com Covid-19 são submetidos a aparelho que funciona como pulmão e coração artificiais
Curitiba tem 150 mil 632 recuperados da Covid-19, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Um deles é o professor de química Robert Gessner Junior, de 31 anos. Apesar de jovem, o professor precisou da oxigenação por membra extracorpórea, ECMO na sigla em inglês, para passar pela Covid-19.
O tratamento de alta complexidade funciona como um pulmão e um coração artificiais, considerado pelos médicos como uma última tentativa de salvar o paciente. O professor conta que tinha medo de ser internado e só ficou sabendo da ECMO quando acordou da intubação.
Ele ficou seis dias intubado, logo antes do ano novo. Ao acordar, ele precisou entender como funcionava a ECMO, que faz o processo de oxigenação do sangue praticamente sozinha, o que permite que o pulmão descanse. Um tubo é colocado na perna do paciente para puxar o sangue, realiza a troca gasosa no equipamento e devolve o sangue para o corpo por meio de uma conexão feita no pescoço.
Agora ele faz fisioterapia para lidar com as sequelas motoras da doença. A ECMO é utilizada em um hospital de Curitiba desde 2015. Com a pandemia, ela se tornou uma alternativa para os pacientes. O médico intensivista do hospital Jarbas da Silva Motta Junior explica que o tratamento é considerado muito invasivo, por isso não é uma opção para todos os infectados.
O hospital costumava faz dois procedimentos com a ECMO por ano, antes da pandemia. De março de 2020 a março de 2021, foram oito procedimentos.
Reportagem: Larissa Biscaia