Brasil pode ter vacina paranaense no combate à pandemia

 Brasil pode ter vacina paranaense no combate à pandemia
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Foto: divulgação/UFPR

O Brasil pode ganhar uma vacina paranaense contra a Covid-19. Um imunizante está sendo desenvolvido por professores e pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e deve estar disponível em 2022. Nos testes pré-clínicos, a vacina demonstrou anticorpos comparáveis aos da vacina AstraZeneca/Oxford.

A informação foi divulgada na reunião de ontem (29) da Frente Parlamentar do Coronavírus da Assembleia Legislativa do Paraná. Os deputados membros da Frente aprovaram o envio de um requerimento solicitando a destinação de R$ 2 milhões do orçamento da Casa para financiar o desenvolvimento da vacina paranaense.

O grupo de pesquisadores trabalha com uma técnica nova na vacina, o POLI-HIDROXI-BUTIRATO (PHB), um componente produzido por bactérias, recoberto por partes da proteína Spike, a “cola” que liga o vírus às células humanas. As partículas do PHB são utilizadas pelos pesquisadores para inserir partes da proteína viral do coronavírus (Sars-Cov-2) no organismo, que mostrou resposta imune em camundongos.

O professor do Departamento de Bioquímica da UFPR, Emanuel Maltempi, acredita que a técnica pode ser usada, futuramente, para desenvolver outras vacinas.

A UFPR estuda os usos do PHB faz mais de 30 anos e, segundo o pesquisador, os componentes são mais baratos.

O reitor da UFPR, o professor Ricardo Marcelo Fonseca, destacou que a vacina usa insumos nacionais, o que diminui o custo de produção do imunizante. A Coronavac, por exemplo, depende do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), que é importado, o que dificulta a produção local.

O reitor lembra que as vacinas contra a Covid-19 serão necessárias para além de 2021.

Por fim, o reitor reforçou que a voz da ciência precisa ser ouvida.

A previsão é que o estudo pré-clínico termine dentro de quatro ou seis meses, segundo os pesquisadores. Depois, é preciso ter autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para realizar testes em humanos.

Reportagem: Larissa Biscaia

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