Com internamentos em alta, uso de medicamentos para intubações dobra em um mês

 Com internamentos em alta, uso de medicamentos para intubações dobra em um mês

Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Em meio ao crescimento do número de pacientes que desenvolvem a forma grave da covid-19 no Paraná, o consumo de medicamentos necessários para intubações mais do que dobrou em março, na comparação com fevereiro. Sem a preparação necessária para enfrentar esse momento, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná lida com estoques em níveis críticos de bloqueadores neuromusculares, sedativos e analgésicos. Segundo a pasta, até o momento, ainda não faltou assistência a nenhum paciente.

Nos últimos 30 dias, o consumo de medicamentos necessários para intubações variou entre 102% e 111%. O maior crescimento foi de bloqueadores neuromusculares, que passaram de 150 mil unidades por mês, em fevereiro, para quase 320 mil unidades em março. É este medicamento que permite que o paciente permaneça intubado sem que o corpo rejeite o equipamento introduzido na traqueia. Neste processo, os sedativos e analgésicos também são fundamentais para controlar a dor e aumentar o conforto.

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná alerta que o estoque de medicamentos necessários para intubar pacientes continua baixo, apesar da distribuição de 100 mil unidades neste final de semana. Junto às novas vacinas, as regionais de saúde receberam analgésicos e bloqueadores neuromusculares que integram o chamado “kit intubação”.

Em nota, a Sesa diz que dos 100 mil medicamentos distribuídos ao longo do final de semana, 80 mil foram comprados pelo governo estadual e 20 mil foram repassados pelo Ministério da Saúde. Na última sexta-feira (26), os insumos abasteceram os 63 hospitais de referência para o tratamento de pacientes com coronavírus. Outros 20 mil foram destinados diretamente aos municípios, que em vários casos precisam intubar os doentes em suas unidades de pronto atendimento, embora não seja essa a condição ideal.

No sábado (27), outros 20 mil medicamentos foram distribuídos novamente aos hospitais de referência

Reportagem: Angelo Sfair

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