Curitiba prepara vacinação de pessoas com comorbidades

 Curitiba prepara vacinação de pessoas com comorbidades

Foto: Jonathan Campos/AEN

Com a previsão de conclusão do grupo de idosos, Curitiba organiza a vacinação de pessoas com comorbidades. A estimativa é que o grupo totalize 300 mil pessoas. O Ministério da Saúde ainda não enviou as doses da vacina para o grupo, mas a previsão é que isso aconteça após os idosos.

A Secretaria Municipal da Saúde pretende seguir o Plano Nacional de Imunização no grupo das pessoas com comorbidades. O escalonamento será por idade, dos mais velhos para os mais novos.

Para os pacientes com comorbidades que fazem atendimento nas unidades de saúde não é preciso apresentar documento extra. Os pacientes que fazem acompanhamento pela rede privada precisarão apresentar uma declaração do médico que o acompanha.

A declaração deverá seguir um modelo que será disponibilizado aos médicos pelo Portal do Conselho Regional de Medicina do Paraná. O modelo deve estar pronto na semana que vem, segundo a Secretaria. O documento será preenchido pelo médico com a indicação da comorbidade. No termo, o médico precisará declarar que o paciente está sob seus cuidados. Declarações falsas serão responsabilizadas pelo Código de Ética Médica e pelo Código Penal. Na vacinação, o paciente deverá levar a declaração impressa.

As gestantes, entre 18 e 59 anos, foram incluídas no grupo. Neste caso, não é preciso aguardar o critério de idade. As gestantes acompanhadas pelas unidades de saúde não precisam de documentação extra, aquelas acompanhadas pela rede particular precisam da declaração do médico responsável. A estimativa é que sejam 35 mil gestantes em Curitiba.

Lista de comorbidades
Veja as comorbidades estipuladas no Plano Nacional de Operacionalização de Vacinação do Ministério da Saúde

  • Diabetes mellitus (qualquer indivíduo com diabetes);
  • Pneumopatia crônica grave (indivíduos com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave com uso recorrente de corticoides sistêmicos ou internação prévia por crise asmática).
  • Hipertensão Arterial Resistente (pacientes cuja pressão arterial permanece acima das metas recomendadas com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão ou com pressão arterial controlada em uso de quatro ou mais fármacos anti-hipertensivos).
  • Hipertensão Arterial estágio 3 (pressão arterial sistólica ≥180mmHg e/ou diastólica ≥110mmHg independente da presença de lesão em órgão-alvo ou comorbidade)
  • Hipertensão Arterial estágio 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade (pressão arterial sistólica entre 140 e 179mmHg e/ou diastólica entre 90 e 109mmHg na presença de lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade).
  • Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association
  • Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária
  • Cardiopatia hipertensiva (hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo)
  • Síndromes coronarianas crônicas (angina pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós-infarto agudo do miocárdio)
  • Valvopatias (lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico)
  • Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática
  • Doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas (aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos)
  • Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; entre outras)
  • Cardiopatias congênitas no adulto com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico
  • Doença cerebrovascular (acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular)
  • Doença renal crônica estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e síndrome nefrótica
  • Imunossuprimidos (indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticóide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas).
  • Anemia falciforme
  • Obesidade mórbida (IMC ≥ 40)
  • Síndrome de down (trissomia do cromossomo)
    Além desses:
  • Gestantes, em qualquer idade gestacional entre 18 e 59 anos
  • Pessoas com deficiência permanente entre 18 e 59 anos e que sejam cadastradas no Benefício de Prestação Continuada (BPC)

Reportagem: Larissa Biscaia

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