O Paraná deve receber hoje (3) à noite o primeiro lote com vacinas da Pfizer. Na primeira remessa do imunizante fabricado pela farmacêutica norte-americana, em parceria com o laboratório alemão BioNTech, o Ministério da Saúde repassa ao Estado apenas 32 mil doses. Por ser uma vacina de RNA que demanda armazenamento em temperaturas ultrabaixas, as doses da Pfizer serão aplicadas somente em Curitiba. A expectativa é de que o carregamento chegue ao Aeroporto Internacional Afonso Pena a partir das sete horas da noite. Na sequência, as doses são encaminhadas ao Centro de Medicamentos do Paraná.

O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, explica que o imunizante da Pfizer demanda um desafio logístico maior devido às condições de armazenamento e refrigeração. Por isso, segundo ele, o objetivo é aplicar as vacinas dessa fabricante o mais rapidamente possível para evitar perdas:

Assim como outros imunizantes utilizados ao longo da história, as vacinas da Pfizer disponibilizadas ao Brasil passam por um processo de liofilização, que consiste em transformar o imunizante líquido em uma pastilha. A técnica diminui a dependência da ultra refrigeração.

Por isso, antes de ser aplicada, ela precisa ser diluída e reconstituída pelos aplicadores:

As vacinas da Pfizer fazem parte do 16º lote de imunizantes contra a covid-19 repassados pelo Ministério da Saúde. Nesta etapa, o Paraná também recebeu 14 mil doses da CoronaVac, enviadas no sábado (1º), e 424 mil doses da CovidShield (vacina de Oxford/AstraZeneca), que chegaram na manhã de hoje (3).

A nova remessa dos imunizantes envasado no Brasil pela Fiocruz tem 116 mil doses reservadas para continuar a vacinação de primeira dose de pessoas com 60 a 64 anos. O restante vai permitir o início da vacina de novos grupos prioritários. Entram na lista, a partir de agora, pessoas com comorbidades, deficientes graves permanentes, além de grávidas e puérperas.

Somados, os novos grupos totalizam mais de 1 milhão e setecentas mil pessoas (400 mil pessoas com deficiências permanentes grave e 1 milhão e 300 mil pessoas com comorbidades, gestantes ou puérperas).

Reportagem: Angelo Sfair