Comissão da Alep ouve suspeitos de furar fila da vacina contra Covid-19 em Rio Branco do Sul
Os suspeitos de terem furado a fila da vacinação contra a Covid-19 em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, deram explicações à Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Paraná. Nesta terça-feira (11), donos de clínicas, familiares e pessoas suspeitas de terem recebido a vacina sem integrarem os grupos prioritários prestaram depoimentos. Todos negaram irregularidades.
Os nomes dos ouvidos pelos parlamentares fazem parte de uma lista encaminhada pela própria prefeita da cidade, Karime Fayad, ao Ministério Público do Estado (MP-PR). Uma dentista, dona de uma clínica odontológica, justificou a inclusão dos pais na lista afirmando que eles trabalham na empresa, descrita pela profissional como “familiar”.
Já uma mulher de 34 anos, também vacinada, disse que estava trabalhando em um laboratório da área da saúde durante o período em que recebeu uma dose do imunizante. Uma terceira suspeita, que incluiu na lista de vacinação um adolescente de 17 anos, preferiu não prestar depoimento. A informação é de que ele era estagiário no estabelecimento.
De acordo com o presidente do grupo de trabalho, deputado Delegado Francischini (PSL), a Comissão quer melhorar os protocolos que determinam quem têm direito à prioridade na vacinação contra o coronavírus.
Também participaram da reunião os deputados membros da comissão Nelson Justus (DEM) e Arilson Chiorato (PT). Segundo a prefeita Karime Fayad, o município não tem um plano de vacinação local e, por isso, segue as determinações do Plano Estadual de Imunização. Ela admite que a prefeitura poderia ter adotado processos de fiscalização mais rígidos, mas destaca a dificuldade em comprovar a veracidade das informações prestadas pelas clínicas.
O secretário de Saúde da cidade, Rafaele Tozzo, reforçou que a responsabilidade pelo preenchimento da documentação indicando as pessoas com direito à vacina era dos próprios estabelecimentos de saúde.
A Comissão Especial da Assembleia encaminhou requerimentos pedindo informações a órgãos de controle para checar dados que indiquem possíveis irregularidades.
Reportagem: Ana Flavia Silva