Com covid em alta, lotação dos ônibus em Curitiba preocupa passageiros e entidades

 Com covid em alta, lotação dos ônibus em Curitiba preocupa passageiros e entidades

Foto: divulgação/TCE-PR

Com o agravamento dos indicadores da pandemia do coronavírus, a lotação do transporte público em Curitiba voltou a ser um tema de preocupação dos usuários e da prefeitura. No papel, os decretos em vigor determinam uma ocupação máxima de 70%. Na prática, o limite nem sempre é respeitado. A lotação do transporte tem sido atacada por passageiros e entidades, como o Tribunal de Contas do Estado e a Associação Comercial do Paraná.

O projetista Luiz Aurélio Pereira usa o transporte público diariamente desde o início da pandemia. A esposa dele trabalha na área da saúde e, por isso, tem um cuidado redobrado. Usuário da linha Centenário/Campo Comprido, ele conta que passou a sair de casa com antecedência para evitar ônibus lotados:

Mesmo com a rotina alterada e uma programação que o permite esperar mais tempo por um ônibus vazio, Luiz afirma que a estratégia não garante a segurança. Em muitos casos, a lotação do coletivo vai aumenta de forma descontrolada no decorrer do trajeto:

Como não passa por terminais, o projetista diz que nunca presenciou ações de fiscalização ou orientação. Luiz Aurélio usa duas máscaras e evita contato próximo com outros passageiros, mas observa diariamente comportamentos que não condizem com o período de pandemia:

Ele afirma que só se sentiria mais seguro no transporte público com mais ônibus nas ruas e uma lotação menor dos coletivos. Ele pondera que é difícil convencer toda a população a adotar os protocolos sanitários corretos:

A Prefeitura de Curitiba afirma que fiscais monitoram a lotação dos ônibus nos terminais. Nas estações-tubo, câmeras de monitoramento são usadas diuturnamente para acompanhar a movimentação das principais linhas. Quando é percebida uma ocupação superior a 70%, a Urbs solicita às empresas que mais ônibus sejam disponibilizados.

Além disso, a Prefeitura de Curitiba lembra que as linhas mais movimentadas do transporte na capital têm operado com 100% da frota mesmo durante a pandemia. A administração pública conta com a colaboração da população para que as melhores práticas sejam adotadas por todos os passageiros, e orienta que os usuários evitem entrar em ônibus que não tem assentos vazios.

Outra medida de segurança adotada pela Urbs, desde março, é o bloqueio dos cartões-transporte de pessoas diagnosticadas com coronavírus. Desta forma, pessoas que testaram positivo para a covid-19 ficam impedidas de usar essa forma de pagamento para acessar os ônibus. Os cartões-transporte, no entanto, não alcançam a totalidade dos passageiros. Atualmente, pouco mais de 60% dos usuários do transporte usam essa modalidade de pagamento.

Reportagem: Angelo Sfair

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