Empresários e funcionários de vários setores de Curitiba protestam contra as medidas mais rígidas da bandeira vermelha para conter o coronavírus. Hoje de manhã (segunda) um grupo de empresários fez uma manifestação em frente à uma empresa de ônibus do transporte coletivo, no bairro Boa Vista. Eles reclamam que os ônibus não respeitam o distanciamento social, como é determinado nos estabelecimentos comerciais.

Apesar do protesto, não houve atraso na saída dos coletivos da garagem. Vários estabelecimentos da capital paranaenses colocaram faixas em frente ao comércio criticando as restrições adotadas pela Prefeitura.

O empresário Natalino de Jesus Santos reclama que, nas três empresas, já acumula um milhão de reais em prejuízo. Muitos dos funcionários foram demitidos e, mesmo seguindo as regras, ele afirma que já foi multado pelos fiscais da Prefeitura.

O problema não é só do empresário. Um dos funcionários que permanece na empresa de Natalino, Carlos Pachede, reclama que, mesmo empregado, as contas não fecham.

O empresárioJairo Araújo da Cunha, mais conhecido como o Gaúcho da Ópera, diz que tem alvará de funcionamento durante a bandeira vermelha, mas mesmo assim foi impedido de trabalhar.

O setor imobiliário também está insatisfeito com o fechamento dos estabelecimentos. Segundo o vice-presidente do Secovi-PR, Ricardo Toyofuku, as imobiliárias estavam preparadas para agir conforme o decreto de sexta-feira, que permitia o funcionamento com até 50% de capacidade e de portas fechadas. Mas foram surpreendidas com a edição do documento, que proíbe o funcionamento.

Os empresários organizam uma carreata amanhã (terça) contra o fechamento do comércio. O horário e o local ainda não foram definidos. A Prefeitura de Curitiba e o Governo do Paraná foram procurados para comentar as reclamações, mas não vão se pronunciar sobre o assunto.

Reportagem: Lorena Pelanda